Santa Maria Casilda da Santa Face e de São Pio de Pietrelcina
Apóstola Mariana. Religiosa da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.
Chamada no século Maria Lourdes Meló nasceu em 18 de maio do ano de 1929, em Vazante – Minas Gerais, Brasil. Era filha de José Antônio Meló e Jovelina Etelvina Borges, cujo matrimônio teve quatro filhos. Por causa de uma tragédia familiar, sua infância foi muito dolorosa; entregaram ela e seus irmãos a umas tias para que lhes cuidassem. Santa Maria Casilda foi acolhida por uma tia que a tratou como se fosse um animal.
Viviam no campo e, era tanta a miséria e falta de higiene, que sua cabeça se encheu de parasitas; a mandavam pela noite para esfregar coisas em uma represa fora de casa e um animal venenoso a picou, cuja infecção durou nela muito tempo. Ela atribuiu que, como consequência de tudo isso, começasse a perder a visão quando tinha nove anos, ficando depois completamente cega.
Para Santa Maria Casilda surgiu uma benfeitora italiana, que a tirou daquela miséria em que vivia, a adotou como filha e a pôs para estudar. No Instituto de São Rafael para crianças cegas, estudou o primário. Depois, fez estudos secundários, e seguidamente cursou os estudos universitários; e foi tão aplicada nos estudos, que tirou diploma de professora em idiomas latinos para crianças cegas.
Com motivo de uma peregrinação que, com um grupo de fiéis brasileiros, fez à Basílica Catedralícia da Santa Sede Apostólica Palmariana, sentiu desejo de ser religiosa da Ordem dos Carmelitas da Santa Face. Mas, ela pensava: «Como vão me admitir, se sou cega?» E pedia a Deus que a desse um sinal. Um dia, durante a Procissão Eucarística de El Palmar, se sentiu cheia de luz e impulsada a pedir a admissão na Ordem. Foi aceita como freira e ingressou no dia 7 de novembro de 1984, passando a viver em um dos conventos que a Ordem tinha em Sevilha. Santa Maria Casilda fez seus votos perpétuos no dia 23 de novembro de 1988.
Apesar de sua cegueira, Santa Maria Casilda, levava a vida religiosa igual que qualquer outra freira. Ia desde Sevilha aos cultos de El Palmar diariamente. Na casa era a admiração de todas as monjas, já que sozinha se arrumava e se valia para tudo. Ajudava nos trabalhos do convento, e inclusive repartia as roupas pessoais dando a cada freira a sua. Era piedosa, calada e obediente. Os últimos anos de sua vida esteve muito enferma, e já não pôde valer-se por si mesma, nem nas coisas mais necessárias. Durante sua longa enfermidade, todos os dias a foram administrados os Santos Sacramentos.
Santa Maria Casilda morreu santamente no dia 17 de maio do ano 2001 na Casa Geral das freiras em Sevilha. Foi enterrada no dia seguinte na cripta da Basílica Catedralícia de Nossa Mãe do Palmar Coroada. Canonizada pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo no dia 31 de março de 2002.
Santa Estela Monjardim de Ayres
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.Nasceu no dia 4 de junho de 1900, na cidade de Vitória – Espírito Santo, Brasil. Foi a terceira dos doze filhos do matrimônio formado por José Francisco Monjardim e Olinda Tomar. Foi batizada e aos dez anos fez a Primeira Comunhão. Aos quinze anos perdeu a sua mãe, pelo qual ela ficou com a responsabilidade de cuidar da casa e criar quatro irmãos mais jovens. Santa Estela se casou com Armando da Silveira Ayres, no dia 19 de janeiro de 1924.
De dita união nasceram seis filhos. Contando sempre com o apoio de seu marido, educou a todos seus filhos segundo os princípios da Santa Mãe Igreja, ensinando-lhes a amar e temer a Deus desde o berço, e a rezar. Depois de batizar-lhes, consagrou a todos seus filhos à Santíssima Virgem Maria, sua grande devoção. Ela lhes colocou para estudar em escolas religiosas ou dirigidas por pessoas de vida cristã íntegra. Em sua casa era sempre quem tinha a última palavra na educação dos filhos, segundo o havia decidido seu marido. Quando se ausentava de sua casa, seu marido adotava a mesma postura da esposa, por quem sentia grande amor e respeito.
Santa Estela Monjardim era membro da Legião de Maria e da Associação de Nossa Senhora do Rosário. Recebeu o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Com frequência assistia a retiros espirituais. Trabalhou muitos anos para as obras das vocações sacerdotais, pelo qual rezava e recolhia doações mensais para ajudar os seminários. Também ajudava os pobres participando em diversas campanhas sociais. Frequentava a Santa Missa, comungava e rezava o Rosário diariamente. Era una grande devota da Santíssima Virgem Maria, e também de São José, Santo Antônio e as Benditas Almas do Purgatório. Participava na Adoração Noturna acompanhada de seu esposo; e junto com ele, fazia uma vez por mês uma noite de oração em sua própria casa. Seu marido era um homem íntegro e de grande bondade e simplicidade; e, ainda que ele não fosse tão piedoso como sua esposa, sempre a apoiou, respeitando e admirando sua conduta. Ambos perderam todos seus bens, mas como viviam muito unidos e confiavam muito em Deus, conseguiram manter sua casa e sua família.
Santa Estela foi à Igreja Romana até a morte de São Pablo VI. Quando soube da eleição do Papa São Gregório XVII Magníssimo, seguiu-lhe de imediato como fiel palmariana, e o mesmo seu marido e dois de seus filhos. Sua segunda filha se aderiu um pouco depois, graças à postura firme de sua virtuosa mãe, que em nenhum momento duvidou de El Palmar.
Seu esposo faleceu no dia 11 de agosto de 1981, vitima de um acidente de trânsito. Levava posto o Santo Escapulário de El Palmar, e em sua lapela tinha o broche da Santa Face. Santa Estela sofreu profundamente esta perda, mas cheia de fé aceitou a vontade divina e foi ainda mais piedosa em adiante, oferecendo todos seus sofrimentos para maior glória de Deus. Após a morte de seu esposo, apesar da ajuda de seus filhos, sua saúde começou a debilitar-se. Em outubro do ano 1985 sofreu uma pneumonia; e, depois de repetir-se sete vezes a mesma enfermidade, que a deixou permanentemente na cama, faleceu no dia 29 de julho de 1986. Santa Estela Monjardim sofreu com grande resignação, jamais ouviu-se ela reclamando. Antes de morrer, em duas ocasiões, havia recebido a Santa Extrema-unção de mãos do Bispo Missionário Palmariano.
Canonizada pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo no dia 2 de setembro de 1989.
Santa Maria do Sol Pinto Coelho
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria. Filha de Martim Pinto Coelho e Nicolina Lopes, nasceu no dia 12 de maio de 1912 em Jequeri-Minas Gerais, Brasil. Maria do Sol estudou no Colégio das Irmãs Salesianas de São João Bosco em Ponte Nova, formando-se como professora de primária e catequista. Foi professora em várias escolas em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e também trabalhou na Câmara municipal dessa cidade, sempre dando bons exemplos a seus companheiros e alunos, sendo muito estimada por suas excelentes qualidades morais. Amava imensamente ao Santíssimo José e a Santa Teresa do Menino Jesus.
Quando chegou o progressismo demolidor à Igreja Romana, Santa Maria do Sol combateu energicamente suas aberrações. Em sua mesma casa teve que enfrentar-se abertamente a uma freira que era enviada para dar a comunhão a uma de suas irmãs que estava doente. Nos últimos anos de sua vida, Santa Maria do Sol ficou muito doente da coluna vertebral, precisando de repouso, e quase nunca saía de sua casa. Mas ao saber da existência da Igreja Palmariana, e que um Bispo Missionário Palmariano ia celebrar a Santa Missa na casa de uma amiga, ela, com muita dificuldade, se esforçou para poder assistir ao culto. Santa Maria do Sol não tinha nenhuma dúvida sobre a eleição do Papa São Gregório XVII Magníssimo, nem da doutrina Palmariana, que saboreava como uma criança saboreia o mel, convertendo-se à Igreja Palmariana no mesmo dia que assistiu à primeira Missa, ou seja, em 5 de junho de 1984. Quando sua amiga, hoje Santa Maria Casilda da Santa Face, ingressou como freira na Ordem dos Carmelitas da Santa Face, Santa Maria do Sol pediu ao Bispo Missionário que celebrasse em sua casa, assistindo ela a todas as Santas Missas que ele celebrava, e também à Adoração Noturna. Sua maior alegria era receber ao missionário para ter a oportunidade de assistir às Santas Missas; e a sua chegada, repetia continuamente estas palavras: «O Céu está chegando à nossa casa»; e perguntava o mesmo por telefone ao ser avisada de sua chegada: «Quando vem o Céu à nossa casa?» Para difundir a Obra de El Palmar de Troya – Sevilha, Espanha, Santa Maria do Sol fazia seu apostolado por telefone, chamando à sua casa a todos seus familiares, amigos e vizinhos, para que assistissem às Santas Missas; e a qualquer pessoa que tocava à porta de sua casa, ela falava de El Palmar. Lia repetidas vezes o Tratado da Missa e vivia em contínua oração.
Em dezembro de 1986, o Bispo Missionário Palmariano de Brasil, administrou à Santa Maria do Sol o Santo Sacramento da Extrema-unção no comungatório da Capela de sua casa, depois de haver feito ela uma confissão geral. Dois meses depois ingressou em um hospital para uma pequena operação de una chaga no pé que não se curava porque sofria de diabetes. Segundo os médicos, a operação resultou muito bem, mas, no dia seguinte, 27 de fevereiro de 1987, Santa Maria do Sol, inesperadamente, entregou sua alma a Deus. Canonizada pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo no dia 2 de setembro de 1989.
Santa Maria Peçanha
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria. Apóstola da Santíssima Trindade.
Nasceu em uma fazenda aos arredores de Atibaia – São Paulo, Brasil, no dia 19 de dezembro de 1904. Seus pais, Pedro Aguiar Peçanha e Marieta Rocha, estavam bem acomodados, e tiveram oito filhos, todos eles batizados, dos quais Maria foi a quinta. Seus pais, embora cristãos, não tinham uma forte formação religiosa; e por causa das dificuldades pela distância até a cidade, que naquela época havia, também não frequentavam os cultos da Santa Igreja.
Apesar disso, e ainda sendo muito jovem, Santa Maria sentiu, por si mesma, o desejo de receber a Santa Comunhão. Então foi falar com o vigário da paróquia para pedir-lhe tal graça, mas foi em vão, pois ela nada sabia sobre o catecismo. Decidiu então estudar por sua própria conta, e mais tarde voltou a falar com o pároco, que finalmente consentiu. Seu desejo foi então realizado. Desde esta data começou a frequentar com mais assiduidade a Santa Igreja, e portanto, a cumprir melhor suas obrigações religiosas.
Depois do falecimento de sua mãe, sendo Santa Maria já adulta, foi morar com sua família na cidade de Atibaia, onde já assistia diariamente à Santa Missa. Sempre acordava muito cedo com o fim de participar no Santo Sacrifício e receber a Santa Comunhão.
Tratou de viver o mais pobremente possível, interessando-se por ajudar os pobres e os enfermos. A caridade era sua virtude predileta. Ainda que chegou a ter noivo, nunca se casou. Após o falecimento de seu pai, foi morar com uma irmã mais velha que ela, também solteira, pois seus irmãos e irmãs já estavam casados. Uma de suas ocupações era costurar para poder sustentar a casa em que vivia com sua irmã. Tinha um gênio muito forte, mas ao mesmo tempo era bastante ingênua e confiava muito nas pessoas. Por esta causa ficou sem a única casa que tinha para viver. Como não tinha nenhuma ambição terrena, sempre cobrava muito pouco por seu trabalho.
Conhecida pelos Sacerdotes da paróquia, espanhóis agostinhos, encomendaram-na o trabalho de costurar suas batinas, tarefa pela qual não cobrava nada, e apenas aceitava aquilo que eles dispusessem dá-la. Além disso, costurava também para os pobres necessitados. Vivia, portanto, modestamente. Outra de suas ocupações, que gostava muito, era cuidar do altar da capela do Santíssimo na Igreja paroquial de Atibaia, adornando-a com muitas flores e até perfumava as imagens. Santa Maria também formava parte da Ordem Terceira de São Francisco, do Apostolado do Sagrado Coração de Jesus, das irmandades do Coração de Maria e da Propagação da Fé, e outras obras piedosas. Foi também zeladora da Oficina da Caridade de Santa Rita de Cássia, para a qual fazia costura.
Durante toda sua vida, dedicada à caridade, sofreu várias enfermidades sérias, entre elas um grave problema na coluna vertebral que quase a deixou paralítica. Mas, apesar de sua avançada idade, se curou e voltou a viver normalmente. Sua irmã, já de bastante idade, também faleceu, ficando, portanto, sozinha. Desde então passou a morar ora com um, ora com outro parente, sem residência fixa já que nem uns nem outros queriam comprometer-se em cuidá-la. Foi então, por imposição dos familiares, morar definitivamente em um asilo de idosos, fundado muitos anos antes por um de seus tios. Sofreu muitíssimo com esta decisão, pois se sentiu rechaçada e sozinha. Nessa época, conheceu a existência da Santa Igreja Palmariana e do Papa São Gregório XVII Magníssimo. Sentiu então que em El Palmar estava a Verdade, e reconheceu imediatamente quão errada andava a igreja romana, convertendo-se em uma fervorosa fiel palmariana. Aqui começou seu maior sofrimento. Pois, sua família, que tão ingrata havia sido com ela internando-a em um asilo, agora lhe fazia a vida impossível porque, como eles diziam, «não aceitavam que mudasse de religião». Ela sentia muita pena por sua família e sofria principalmente por essa incompreensão. Começou então a rezar muito por eles e a dedicar-se mais a Deus e aos pobres necessitados que viviam ao seu redor: Os velhinhos enfermos do asilo. Como no asilo a comida não era muito agradável, algumas fiéis palmarianas a levavam boas comidas; mas as repartia entre os outros idosos, dando assim prova de seu heroico espírito da caridade e pobreza.
Tinha uma devoção muito especial à Santíssima Trindade, e rezava com muita devoção o Santo Triságio. Era esta a oração que mais gostava. Participava sempre em todos os Cultos e Adorações Noturnas da Capela Palmariana de Atibaia; e ficava longo tempo ajoelhada, apesar de sua idade avançada. Era valente defensora de El Palmar, inclusive entre seus familiares, embora isso a custasse muitas dores e aborrecimentos. Mas, era tal seu desejo de converter as almas ao caminho da Verdade, que isso não a importava.
Santa Maria Peçanha sentia muita pena pelos muitos sofrimentos do Santo Padre Gregório XVII e rezava muito por ele. Nos últimos meses de sua vida, com a saúde já bastante debilitada pela idade e moléstias, manifestou diversas vezes seu desejo de que, em caso de morrer no asilo, seu velório não fosse na capela romana do asilo, como era costume. Pois ela desejava ficar longe, inclusive depois de morta, de qualquer laço com a igreja apóstata de Roma. Deus escutou os desejos de sua serva; pois, inesperadamente, adoeceu e depois de alguns dias faleceu no hospital, e sem a presença de seus próprios familiares, no dia 2 de setembro de 1987; dezoito dias depois de ter feito sua última Adoração Noturna na Capela Palmariana, no dia 15 de agosto, Festa da Assunção de Nossa Senhora aos Céus. Havia recebido o Sacramento da Extrema-unção várias vezes, de mãos do Bispo Missionário Palmariano no Brasil.
Canonizada pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo no dia 2 de setembro de 1989.
São Celso de Sampaio Amaral
Terciário da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.
Nasceu no dia 14 de dezembro de 1897 em Itu – São Paulo, Brasil. Era filho de João do Amaral Campos e Placídia de Almeida Sampaio, ambos católicos. Perdeu o pai quando tinha cinco anos de idade. Era de temperamento pacífico. Passou sua infância e juventude em sua cidade natal, onde fez seus estudos primários e secundários no Colégio de São Luis de Itu, dirigido pelos Padres jesuítas, dos quais recebeu uma esmerada instrução religiosa.
Aos dezessete anos foi morar e trabalhar em sua própria chácara de café em Chavantes, Estado de São Paulo. Nesta pequena propriedade agrícola, como vivia sozinho e estava solteiro, deu acolhida em sua casa a alguns parentes, que viveram com ele durante anos. Foi um tempo tranquilo vivendo ali, sem grandes responsabilidades. Casou-se no ano de 1928 com Maria de Lourdes Fraga em São Paulo, e tiveram cinco filhos. Desde que se casou, teve uma vida de grande luta, trabalhos diversos e sofreu grandes injustiças e decepções.
Seu espírito de caridade e de compaixão para com os humildes, sempre se fez notar ao longo de sua existência. Para visitar os enfermos que viviam em pobres casas de palha, ia montado em cavalo quilômetros e quilômetros, e ali lhes aplicava medicamentos, tratava-lhes as feridas, tumores, etc. Praticando desta maneira a caridade em grau heroico. Devido a seu caráter e retidão moral, não alcançava êxito em seus negócios. Quando trabalhava no estado do Paraná, vendendo terras para seu patrão e formando sua própria fazenda de café, teve grandes oportunidades de enriquecer-se; pois os negócios surgiam, mas nem sempre eram lícitos. Por isso ele não os aproveitou, porque não podia aceitar negócios ilegais que iam contra a retidão moral de sua delicada consciência cristã.
Nesta época já se queixava de fortes dores de estômago e na vesícula. O diagnóstico demonstrava úlcera gástrica e pedra vesicular. Seu trabalho era muito duro, e precisava viajar em seu carro para mostrar as terras que vendia aos seus compradores. Sempre atribuiu à Santíssima Virgem Maria a proteção extraordinária que havia recebido inumeráveis vezes quando sua vida correu perigo. Tinha predileção pela leitura da vida dos santos, das que chegou a possuir uma boa coleção. Estava bem convencido de que os santos são os verdadeiros heróis da vida e da humanidade. Comentava muitas passagens das vidas dos santos com seus familiares. Era homem de muita sensibilidade, gostava das artes. Expressava seus sentimentos através de cartas. Em algumas de suas cartas dirigidas à sua esposa e filhos, podiam-se notar, entre as linhas escritas, os bons conselhos, a fé em Deus e a retidão de sua consciência. Escreveu poesias, comentários de viagens, observações pessoais, pintou quadros a óleo e a aquarela, sendo este um passatempo de seus últimos anos. Conhecia música, e em sua juventude havia tocado violino. Seu último trabalho foi como chefe de escritório da Associação Paulista de Medicina em São Paulo, onde era muito estimado, e aí se aposentou no ano de 1971.
Quando a Igreja Romana começou a modernizar-se por causa do progressismo, protestou contra as infernais inovações. Frequentou durante anos o cenáculo de uma senhora palmariana de São Paulo, no qual semanalmente se rezava o Rosário Penitencial, e assistia à Missa Tradicional que um Sacerdote ia celebrar mensalmente. Quando se fez fiel da Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e Palmariana, continuou sua vida de fiel palmariano até sua morte.
A partir do ano de 1983 sua saúde havia começado a se debilitar. Finalmente ficou prostrado em cama, impedido de andar por sete meses; tendo que ser atendido até em suas mínimas necessidades vitais por familiares e enfermeiros. Sofreu muito neste período, tanto moral como fisicamente. Era confortado espiritualmente pelo Bispo Missionário Palmariano, que lhe visitava frequentemente, administrando-lhe os Santos Sacramentos. Confessava ser um grande pecador e se arrependeu profundamente de seus pecados. Nos seis dias que precederam sua morte, somente podia tomar líquidos, e não falou mais. No dia de seu falecimento, seus familiares, reunidos, rezaram o Rosário Penitencial e outras orações ao redor de seu leito. Pouco depois das orações, no dia 7 de setembro de 1990 expirou em sua residência em São Paulo. Morreu com o Escapulário de El Palmar, e assim foi enterrado. Seu corpo foi velado pela esposa e filhos, e recebeu a última bênção e oração do Bispo Missionário Palmariano do Brasil.
Canonizado pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo no dia 22 de março de 1992.
Santa Maria Nair Ribeiro de Coleto
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.
Filha de Antônio de Andrade Ribeiro e de Margarida Ferreira Ribeiro, nasceu no dia 19 de março de 1915 durante a Primeira Guerra Mundial, na cidade de São Vicente – São Paulo, Brasil. Seus pais, muito fervorosos e praticantes, ambos de nacionalidade portuguesa, tiveram quatro filhos. Seus primeiros estudos foram em uma escola católica, na qual assistia com muita frequência às aulas de catecismo, cujos ensinamentos complementaram a formação religiosa que seus pais a haviam dado; tornando-se assim muito piedosa e nascendo daí um grande amor a Deus e à Santíssima Virgem Maria.
Durante os anos em que viveu com sua família passou tempos difíceis, pois naquela época seu pai lutava com muitas dificuldades para sustentar a sua família, tendo pouco para alimentá-la; e nos tempos de inverno lhes faltava até a roupa suficiente para proteger-se contra o frio. Santa Maria Nair se dedicava muito na casa para ajudar sua mãe, a qual faleceu quando a santa tinha dezoito anos. Mais tarde, seu pai se casou em segundas núpcias, o que causou à Santa Maria Nair profundo sofrimento, pois ainda guardava a memória das recordações de sua falecida mãe. Mudou-se, então, com a nova família para outro bairro, passando a frequentar a Congregação das Filhas de Maria.
No ano de 1946 Santa Maria Nair começou a trabalhar no comércio, na mesma cidade que vivia, chegando a ser gerente de uma loja durante muitos anos. No dia 14 de agosto de 1950 na cidade de Santos, se casou com São Pedro Coleto dos Santos, congregante mariano, canonizado pelo Papa São Gregório XVII. No ano de 1953 deixou seu emprego por estar próximo o nascimento de sua única filha, que nasceu esse mesmo ano. No ano de 1965, época na qual viviam na cidade de Santo André, Estado de São Paulo, Santa Maria Nair adotou sua sobrinha quando esta tinha dois anos de idade, devido à morte de sua mãe. Santa Maria Nair cuidou dela com grande amor e carinho, dando a ela toda a educação moral e religiosa, infundindo-a sempre o amor a Deus, tornando-se para aquela menina como se fosse sua verdadeira mãe. Depois da aposentadoria de seu esposo, no ano de 1971, a família se mudou para a cidade de Atibaia, Estado de São Paulo.
Santa Maria Nair foi durante toda sua vida uma católica muito fervorosa e praticante. Antes de fazer-se palmariana, a incomodava muito o procedimento da Igreja Romana naquela época, e principalmente se indignava com os sacerdotes progressistas, chegando muitas vezes a viajar até outras cidades para encontrar Sacerdotes tradicionalistas, a fim de poder assistir às Missas segundo a Santa Tradição da Igreja e poder comungar com véu, ajoelhada e na língua. Santa Maria Nair se tornou ainda mais fiel à Tradição quando no ano de 1977 chegou a conhecer El Palmar de Troya – Sevilha, Espanha, mediante muitas leituras e orações. Depois da eleição de São Gregório XVII como Papa se interessou em conhecê-lo melhor. Sentiu muito ao saber que o Santo Padre sofria por sua cegueira total, pois ela também tinha problemas na vista, pois já tinha perdido a visão em um olho e com o outro via muito mal, apesar de ter sido operada de uma catarata em anos anteriores. Santa Maria Nair era uma alma muito sensível, muito inteligente e de caráter muito forte. Dotada de muito zelo, foi sempre excelente esposa e mãe carinhosa. Ela gostava de realizar tudo com a melhor perfeição possível. Jamais perdia uma oportunidade favorável para falar de Deus e da Santíssima Virgem Maria.
Santa Maria Nair, dotada de grande espírito de generosidade, procurava sempre aliviar os sofrimentos dos menos favorecidos, ajudando-os, não só com coisas materiais para seus próprios sustentos, mas também se preocupando e orientando-os em questão de sua saúde, indicando-lhes os remédios adequados para suas enfermidades. Semanalmente, vários pobres acudiam à porta de sua casa, e ela lhes proporcionava medicamentos, e sobre tudo alimentos. Sua preocupação não ficava somente na parte material, senão que também se preocupava do aspecto espiritual, falando-lhes sempre de coisas de Deus, entregando-lhes estampas da Santa Face e de Nossa Mãe do Palmar Coroada, recomendando-lhes a reza do Rosário Penitencial. A propagação da doutrina sobre El Palmar foi uma norma constante em sua vida de palmariana. Em seus contatos com as pessoas não perdia a oportunidade de falar-lhes sobre as mensagens, advertindo-lhes sobre os castigos que virão e, sobre tudo, da necessidade de rezar o Santo Rosário e ser devotos da Santa Face e da Santíssima Virgem Maria. Santa Maria Nair foi uma verdadeira apóstola da caridade e da Santa Igreja Palmariana. Acolhia em sua casa com todo afeto e bondade, de que estava cheio seu coração, aos palmarianos vindos de outras cidades ou de outras regiões, quando estava presente o Bispo Missionário em sua residência. Santa Maria Nair cuidava com muito amor e carinho tudo o que pertencia à Capela Palmariana de sua casa, principalmente sabendo que Jesus estava ali sempre, dia e noite no Sacrário.
Nos últimos anos de sua vida, Santa Maria Nair sofreu muito, devido a graves problemas de saúde. Nos dias que passou no hospital não perdeu a oportunidade de fazer apostolado às pessoas que a visitavam. Por causa de um ataque de angina do peito, faleceu no hospital no dia 7 de maio de 1993, primeira sexta-feira do mês, com muita serenidade, em presença de seu esposo, sua filha e uma amiga palmariana. Canonizada pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo no dia 20 de fevereiro de 1994.
Santa Maria Ada Soneghet da Silva
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria. Apóstola do Santo Rosário Penitencial.
Nasceu em Demétrio Ribeiro – Espírito Santo, Brasil, no dia 10 de maio de 1910. Era a última dos seis filhos de uma família italiana, de Bolonha. Foi batizada poucos dias depois de seu nascimento. Quando tinha quatro anos, seus pais voltaram para Itália com a intenção de ficar; mas o clima era prejudicial para a saúde de sua mãe, pelo que quatro anos mais tarde regressaram ao Brasil, onde o pai trabalhava de comerciante e a mãe como costureira. Em uma escola privada de Demétrio Ribeiro, estudou os três primeiros anos.
Logo ingressou como interna na escola de Nossa Senhora Auxiliadora, dirigida pelas Freiras da Caridade de São Vicente de Paul, em Vitória, capital do Estado. Aqui, depois de cinco anos, Santa Maria Ada se formou como professora de primária, profissão que nunca chegou a exercer.
No dia 29 de outubro de 1932, Santa Maria Ada se casou com o médico Dório Silva, brasileiro de Vitória, homem de muita caridade. Tiveram seis filhos. Ela e seu esposo iam juntos todos os Domingos e dias festivos à primeira Missa celebrada na Catedral. Santa Maria Ada lia e apreciava muito a vida dos santos, cujos exemplos alimentavam sua alma, e por sua vez ela procurava infundi-los em seus filhos, para que os imitassem. Santa Maria Ada sofreu muito quando perdeu dois de seus filhos, mas entregava tudo a Deus. Nessa época, por causa do progressismo infiltrado na Igreja Romana, tanto ela como seu esposo buscaram Sacerdotes fiéis à tradição; e, nesta busca, Santa Maria Ada conheceu distintos lugares de aparições. Quando morreu seu esposo, ela se refugiou mais intensamente na oração, e se confortava com a Santa Comunhão e em união com Deus. Mais tarde, teve que suportar outro golpe. Esta vez foi o filho mais novo, o qual ficou inutilizado para o trabalho depois de ter sofrido um acidente de carro. E este, apesar de estar casado nesta época, sua esposa se separou dele, pelo que teve que voltar à casa de sua mãe, que lhe acolheu com o maior carinho. Algum tempo depois, este filho se converteu a El Palmar. Foi o único filho que a seguiu na Fé.
Embora Santa Maria Ada fosse piedosa desde criança, quando conheceu as Mensagens de El Palmar de Troya – Sevilha, Espanha, que pediam oração, penitência e sacrifício, sua piedade se converteu em oração constante. Algumas vezes chegava a rezar oito Rosários Penitenciais por dia, e a cada passo rezava uma jaculatória. Durante uns anos, jejuou a pão e água duas vezes por semana. Punha em prática uma frase que costumava dizer uma freira cada vez que a preguntavam que hora era: «É a hora de louvar a Deus», dizia.
Santa Maria Ada, manifestava um grande amor filial ao Papa São Gregório XVII Magníssimo. Cada vez que chegava o Bispo Missionário Palmariano, perguntava pela saúde do Santo Padre, se tinha recebido alguma visão, ou também sobre a Doutrina Palmariana; e ao ouvir as boas notícias, seu rosto se enchia de uma imensa alegria, com lágrimas de felicidade em seus olhos, parecendo como uma criança, escutando as maravilhas de Deus. Santa Maria Ada vivia de maneira simples tanto no comer como no vestir, mesmo tendo possibilidades de viver com mais comodidade. Muitas vezes, durante a noite, se levantava, chamava seu filho palmariano, e juntos rezavam por todas suas intenções. Quando ele não se levantava, ela ia sozinha para a sala e sentada diante da Santa Face, ficava horas e horas rezando.
No ano de 1990, Santa Maria Ada teve um acidente que a causou a fratura de uma vértebra na coluna. Depois de um tempo no hospital, regressou para sua casa tendo todo o seu corpo engessado e sem poder-se mover. Passando mal uma noite, fez chamar a todos os seus filhos, pois sentia a morte próxima; e, sem pensar em si mesma, exortou todos a que acudissem ao Bispo Missionário Palmariano e se convertessem à Santa Igreja Palmariana, já que ela ia morrer, e depois não haveria ninguém para orientar-lhes sobre El Palmar. Mas, não tinha chegado a hora de sua morte. Santa Maria Ada se recuperou, voltou a andar durante um tempo, mas como estava debilitada e sentia náuseas, decidiram que usasse uma cadeira de rodas. Desta maneira assistia às Santas Missas e à Adoração Noturna em sua casa quando chegava o Bispo Missionário Palmariano, e em sua ausência se unia mediante a oração aos cultos palmarianos.
Uns seis meses antes de morrer, Santa Maria Ada começou a mostrar sinais de esclerose, mas nas visitas do Missionário Palmariano tinha plena consciência de que recebia os Santos Sacramentos. Quinze dias depois da última visita do missionário, teve um ataque do coração e entrou em estado de coma irreversível, falecendo em Vitória no dia 16 de junho de 1994, na mesma casa em que tinha escutado tantas Missas, sendo enterrada no dia seguinte ao lado de seu querido esposo.
Canonizada pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo no dia 30 de dezembro de 1996.
Santa Maria Franco de Maurão
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.
Nasceu em 2 de setembro de 1914, na cidade de Prata – Minas Gerais, Brasil. Era a quinta filha de Aureliano José Franco e Vitória Candida Azambuja. Estudou no colégio de Nossa Senhora das Dores em Uberaba – Minas Gerais. Fez o curso de professora e exerceu sua profissão durante oito anos. Sempre foi boa católica e Filha de Maria.
Casou-se no dia 2 de maio de 1954 com José Amílcar Maurão, chefe da Secretaria da Fazenda. Santa Maria tinha uma alma artística, desenhava e pintava, bordava e costurava. Era simples no viver e sociável no conviver. Destacou-se por sua fortaleza, tanto nas horas tristes como nas alegres. Sempre disposta a servir os outros. Seu amor ao próximo conquistou a amizade e simpatia de todo o bairro onde ela vivia.
Santa Maria chegou a conhecer a Igreja Palmariana graças a umas aparições da Virgem Maria no Brasil. Sua amiga, agora Santa Maria Casilda da Santa Face, a convidou a conhecer o Bispo Missionário Palmariano no ano de 1984, e ela aceitou a Fé Palmariana. Estava dotada das virtudes da caridade, da piedade e da fortaleza. Com sua vida tão exemplar converteu à Fé palmariana uma sobrinha sua, e depois uma irmã. Muito cumpridora dos decretos do Papa São Gregório XVII Magníssimo, não assistiu ao enterro de seu muito querido esposo, não palmariano, quando faleceu. Após a morte de seu esposo, ficou muito decaída fisicamente. Não obstante, esforçava-se muito para assistir às Santas Misas Palmarianas, como era seu costume.
Santa Maria teve um infarto no dia 20 de novembro de 1994. Foi internada na unidade de terapia intensiva. Ao saber o Bispo Missionário Palmariano, a visitou para administrar os Santos Sacramentos. Os médicos disseram que estava melhor, e que ao dia seguinte sairia da UTI. Mas, Santa Maria teve outro infarto, que não pôde superar, e faleceu dez horas depois de ter se confessado e recebido a Santa Extrema-unção, no dia 25 de novembro de 1994.
Canonizada pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo no dia 30 de dezembro de 1996.
Santa Doralice da Conceição dos Santos
Doralice da Conceição dos Santos nasceu em 10 de outubro de 1919 em Santo Amaro, Aracaju, Estado de Sergipe, Brasil. Seus pais eram Horminio Bispo Conceição e Maria Jovita da Conceição, um matrimônio muito temeroso de Deus. Doralice era a segunda filha de uma família de oito filhos. Quando tinha sete anos começou a estudar na escola local e dois anos depois ficou órfã de mãe, e seu pai a tirou da escola para cuidar de seus irmãos e da casa também.
Assim pois mal aprendeu a ler e a escrever. Naquela época a vida era muito difícil já que tinha que buscar água em um poço bem distante de casa e lavar a roupa no rio. Mas Doralice não reclamava já que contemplava muito as coisas de Deus e era muito obediente a seu pai e muito considerada para com os idosos.
Com quinze anos Doralice foi trabalhar como doméstica na casa de uma tia na cidade de Aracaju. Foi aqui que conheceu um mecânico de trens, Manuel Ferreira dos Santos, natural de Santo Amaro, Estado da Bahia, e em 3 de agosto de 1939 se casaram.
Desta união Doralice teve dezessete filhos. Um nasceu morto e outros morreram com poucos anos por diversas causas como sarampo, um se afogou e outro morreu de una hemorragia cerebral. Oito chegaram à idade adulta e dois deles sofrem de distúrbios mentais. Doralice sofreu muito em seu matrimônio. Seu esposo Manuel, como mecânico ganhava um bom salário, mas era muito dado à bebida e faltava muito com seus deveres de pai e esposo deixando a família inteira passar fome, de tal maneira que às vezes Doralice desmaiava de fome. Em 1980 o esposo Manuel faleceu de uma hérnia. Apesar de tudo, Doralice o perdoou.
Piedosa, Dona Dora como era chamada, ia à Missa todos os domingos e participava em outros cultos durante a semana, como novenas, tríduos etc., e era membro da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus. Até o ano de 1981 frequentava a igreja romana junto com umas vizinhas piedosas mas não muito contentes por causa do progressismo demolidor, até que tomaram a decisão de não ir mais à igreja e reunir-se para rezar na casa de uma e outra. Como tinham recebido de um padre o livro titulado “Jesus responde um Padre” que falava de diversos lugares de aparições da Santíssima Virgem Maria, inclusive de El Palmar de Troya e de Sua Santidade o Papa Gregório XVII, decidiram escrever ao autor do livro, que foi o missionário palmariano do Brasil, que logo apostatou. Este missionário palmariano fez umas visitas a este pequeno grupo de ovelhas sem pastor e foi em uma destas visitas que Doralice entrou no verdadeiro redil da Igreja.
Como palmariana Doralice era muito fiel aos decretos papais. Assistia às Santas Missas e à adoração noturna cada vez que vinha o missionário até que sua enfermidade da coluna a deixou paralítica e prostrada na cama em 1995. Doralice sofria com muita paciência esta enfermidade e também por um grande tumor no peito. Cada vez que o missionário a visitava com os Santos Sacramentos ficava extremamente feliz e com a esperança de poder voltar a andar para assistir às Santas Missas. Depois de mais de um ano de cama, apareceram chagas abertas em seu corpo e foi hospitalizada. Uma semana depois, sentindo a morte próxima, pedia constantemente ao Pai Eterno, a quem tinha muita devoção, não deixá-la morrer no hospital. No sábado antes de morrer suas filhas a levaram para casa. Doralice contava em casa, que foi muito favorecida pelo Pai Eterno que lhe aparecia no hospital e que era tão lindo que não podia descrever-lhe e que estava rodeado de multidão de Anjos. Esta visão a deixou tão conformada e consolada que não se queixava de mais nada. Também via os Santos que invocamos intercedendo por nós quando lhes pedimos alguma graça, e foi iluminada para saber que os Santos escutam nossos pedidos embora nem sempre concedam o que pedimos. No domingo 2 de fevereiro de 1997, festa principal da Santa Face, estando na cama em casa, Doralice teve uma visão da Santa Face rodeada de Anjos e depois de uma Senhora com um lindo Menino nos braços que presumimos que era a Virgem do Carmo a quem tinha muita devoção. Também via e sentia a presença de uma já falecida filha muito querida que nunca se separava dela e isso também foi um grande consolo para ela quando esteve hospitalizada.
Na segunda-feira 3 de fevereiro de 1997, o estado de saúde de Doralice piorou e o médico a internou de novo. As enfermeiras acompanhantes e visitantes ficaram muito impressionadas com a paciência de Doralice vendo seus sofrimentos e além disso, Doralice lhes dava muitos bons conselhos espirituais. Em 4 de fevereiro de 1997, já bem debilitada, repetia esta frase: “Será amanhã… Será amanhã…” Mas ninguém entendia o que queria dizer, até a madrugada do dia seguinte, 5 de fevereiro, quando ao ser levada à unidade de cuidados intensivos, entregou sua alma invocando o Sagrado Coração de Jesus. Foi enterrada por seus familiares, na ausência do Bispo Missionário.
Declarada Venerável Serva de Deus no dia 26 de março de 2017 e canonizada no dia 27 de março de 2017 por Sua Santidade o Papa Pedro III.
Santa Maria de Lourdes Fraga de Sampaio
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.
Nasceu no dia 12 de outubro do ano 1905 em Jaú – Estado de São Paulo, Brasil. Ela pertencia a uma família de vinte filhos. Seus pais eram Alfonso Fraga, importante jurista e Sebastiana Carneiro Fraga. Passou sua infância e parte de sua juventude em sua cidade natal e estudou o secundário e piano na cidade de Jundiaí. Mais tarde foi morar na fazenda da Concórdia, propriedade de seus pais, nas proximidades de Bauru, e uns anos depois foi morar em São Paulo.
Nesta cidade, no ano de 1928, à idade de vinte e dois anos se casou com Celso de Sampaio Amaral, natural de Itu – São Paulo, canonizado pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo. Tiveram cinco filhos, três homens e duas mulheres. A primeira filha Maria Placídia, faleceu aos três meses. Depois que se casou, possuiu uma fazenda de café, que seu marido administrava, mas quando a Bolsa de Nova York caiu em 1929, assim como outras muitas fazendas brasileiras, sofreram as consequências e eles perderam sua propriedade. Depois disto a vida se tornou dura para o matrimônio e tentaram ganhar a vida em diversos trabalhos. Ela trabalhou muito junto com seu marido para poder educar e manter seus filhos. Sacrificou-se muito para sua própria família e familiares, e também tratou muitas pessoas doentes em sua própria casa. Por tudo isto era muito estimada por todos, filhos, vizinhos, parentes e amigos.
Seu marido, homem profundamente católico, sabia transmitir aos seus filhos bons exemplos de fé, trabalho, honestidade e bom caráter. Mas, com o passar dos anos, pelo modernismo da sociedade e influências materialistas do mundo, seus filhos deixaram a religião e não frequentaram mais a Igreja. Somente sua filha perseverou na prática religiosa, e mais tarde conheceu um Cenáculo tradicionalista em São Paulo, dirigido por uma senhora muito piedosa, onde se celebrava a Missa em latim e rezavam semanalmente o Rosário Penitencial de São Pio de Pietrelcina. Maria de Lourdes, junto com seu marido e filha, se fez membro deste Cenáculo.
Com a Coroação do Papa São Gregório XVII Magníssimo, no ano 1978, todo o Cenáculo se uniu à Igreja verdadeira com Sede em El Palmar de Troya – Sevilha, Espanha. Mas, conforme iam chegando os Decretos Papais e a obrigação de obedecer-lhes, os fiéis começaram a afastar-se e se reduziu o número deles. Santa Maria de Lourdes, vendo tudo isto, ficou desconcertada e se afastou da Igreja Palmariana.
Em 1984 o Missionário Palmariano chegou a São Paulo. Seu marido e filha iam à nova Capela Palmariana. Logo, seu marido adoeceu e ficou prostrado em cama por sete meses. A partir de então o Padre Missionário ia a sua casa para administrar-lhe os Sacramentos e assim Santa Maria de Lourdes tinha ocasião de ouvir os ensinamentos do Padre, conversar com ele e informar-se mais profundamente das Aparições de El Palmar de Troya e da triste situação da igreja romana. Foi esposa fiel e mãe dedicada.
Um ano depois da morte de seu marido, Santa Maria de Lourdes fez sua profissão de fé na Igreja Palmariana no dia 29 de novembro do ano 1991 e ela se sentiu muito feliz e em paz.
Desde este momento Santa Maria de Lourdes foi uma Palmariana fiel, cumpridora de seus deveres. Rezava diariamente o Rosário Penitencial, diversas orações e novenas. Foi mulher com grande sentimento cristão. Era caritativa, com grande espírito de sacrifício, auxiliava ás pessoas nos trabalhos domésticos, e ajudava os parentes e amigos quando a necessitavam.
Depois do falecimento de seu marido morou em seu apartamento com uma empregada. Quando seu estado de saúde piorou, ela foi morar na casa de sua filha palmariana, ficando ali em cama por cinco meses até sua morte. Santa Maria de Lourdes, pouco antes de seu falecimento, já muito doente, teve a oportunidade de dar testemunho da Santa Igreja Palmariana ante seus familiares. Certo dia ao chegar a casa o Padre Missionário, seu neto tentou impedir sua entrada e neste momento Santa Maria de Lourdes interveio e pediu ao Padre que entrasse. Quando tinha conhecimento dos convites para as peregrinações a El Palmar enviados pela Santa Sede e ouvia as leituras das mesmas exclamava «Esta é a verdadeira Igreja!»
Santa Maria de Lourdes foi operada de câncer do intestino e se recuperou bem por um tempo. Depois de um ano o câncer apareceu de novo com mais violência. Santa Maria de Lourdes durante esta última enfermidade sempre gozou de grande consolo espiritual devido às visitas do Missionário Palmariano. Antes de seu falecimento, uma tarde, sua filha entrou em sua habitação, se surpreendeu ao ouvi-la rezar em voz alta vários Pai-nossos, Ave-Marias, Glórias, Salve Rainhas e jaculatórias porque já quase não falava. Mas Deus a concedeu esta graça e foi sua despedida. Não falou mais até seu falecimento, ainda que guardou consciência até umas cinco horas antes de sua morte.
Morreu no dia 25 de abril do ano 1997, às 18h30 em São Paulo com o Santo Escapulário de El Palmar posto, sendo enterrada no cemitério desta mesma cidade.
Declarada Venerável Serva de Deus pelo Papa São Pedro II Magno no dia 21 de abril de 2011. Canonizada pelo mesmo Papa no dia 24 de abril de 2011.
Santa Aída Périssé Turon
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria. Alma Vítima.
Nasceu em 3 de maio de 1919 em Miracema – Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Seus pais foram João Leon Turon e Maria Julia Périssé, descendentes franceses e bons católicos praticantes. Deste matrimônio nasceram seis filhos. O pai de Santa Aída trabalhou como agricultor em sua própria fazenda, e a mãe cuidou de seus filhos na casa. Como viviam em um pequeno povoado, não havia a possibilidade de ter a Santa Missa todos os Domingos.
Uma vez por mês, um Sacerdote ia ao povoado para atender espiritualmente aos fiéis e celebrava a Santa Missa, à que sempre assistia toda a família da Santa. Também tinham o costume de rezar diariamente o Santo Rosário na casa. Santa Aída, aos nove anos, adoeceu gravemente de tifo, com muita febre, cuja enfermidade, naquela época, era muito perigosa e difícil de curar. O próprio médico disse que não havia muita esperança de que sobrevivesse. Ela começou a suplicar insistentemente à Santíssima Virgem Maria. Uma noite, a Virgem Maria, sob a advocação de Nossa Senhora Aparecida, apareceu no alto sobre sua cama, e foi curada completamente do tifo. Não obstante, o mal havia afetado uns órgãos do corpo, causando-a a enfermidade de epilepsia para toda a vida.
A partir dos dez anos de idade, Santa Aída cursou os estudos primários no colégio de Miracema, embora com dificuldades pela enfermidade. Depois trabalhou por pouco tempo, em uma escola de enfermaria, como professora de arte manual. Mas pelas enfermidades graves de seus pais, deixou o trabalho para cuidar deles. Apesar de que ela mesma estava doente, ajudou heroicamente seus pais até que estes morreram, o qual fez com grande amor e caridade. Ao falecer seu pai, foi morar com sua mãe e dois irmãos no Bairro Cosme Velho, no Rio de Janeiro. Santa Aída nunca se casou. Em 1950, Santa Aída ingressou na organização católica da Pia União, das Filhas de Maria, e no Apostolado do Sagrado Coração de Jesus. Em 1970, entrou na Ordem Terceira Carmelita de Santa Teresa do Menino Jesus. Sempre praticou a Fé Católica com grande fidelidade e tinha muita devoção à Santíssima Virgem Maria. Depois da morte de sua mãe, ajudou sua cunhada, por um tempo, na pequena loja de costura. Santa Aída, através de uma irmã e de uma sobrinha, que já eram católicas palmarianas, conheceu a Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e Palmariana, regida pelo verdadeiro Papa Gregório XVII. Ela mesma se dava conta de que o progressismo e o materialismo haviam entrado na igreja romana. Em julho de 1990, entrou oficialmente na Igreja Palmariana, e começou a viver com sua sobrinha, para assim poder praticar melhor a fé católica. Nos últimos anos, ela sofreu muito dos nervos por causa da epilepsia. No entanto, nunca faltou às Santas Missas, nem às Adorações Noturnas, quando o Bispo Missionário estava na Capela Palmariana do Rio de Janeiro. Colaborou muito com a Capela em todos os sentidos.
Santa Aída contou com a ajuda de familiares palmarianos, que a cuidaram com grande amor e solicitude. Assim Deus a recompensou pelo cuidado heroico que teve para com seus pais. Nos últimos anos de sua vida, recebeu a Santa Extrema-unção em cada visita do Bispo Missionário ao Rio de Janeiro. Santa Aída Périssé Turon faleceu santamente no dia 17 de abril do ano 2001, em Rio de Janeiro, Brasil. Foi enterrada ao dia seguinte no cemitério municipal de São Francisco, em Niterói, Rio de Janeiro. Canonizada pelo Papa São Pedro II Magno no dia 7 de abril de 2007. Declarada Alma Vítima pelo mesmo Papa no dia 3 de junho de 2007.
Santa Maria da Conceição Rollin
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.
Nasceu em 10 de junho de 1935, em Banquete – Bom Jardim, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, de uma família muito pobre. Sua mãe, Maria Veríssima Rollin, não era casada nem católica. Nunca conheceu seu pai, quem abandonou a família e faleceu quando ela tinha quatro anos. Tinha mais irmãos de outros pais. Nunca recebeu uma formação religiosa em casa. Sua mãe praticava a bruxaria e depois se fez protestante; não gostava de sua filha e a maltratou muito.
Santa Maria da Conceição, aos cinco anos de idade, fugiu de casa por causa dos maus-tratos de sua mãe e do padrasto. Foi para uma propriedade rural, onde também foi maltratada e rejeitada. Mas como não sabia para onde ir ficou lá, e ficou como uma escrava. Sua roupa era toda suja e rasgada. Não tinha cama para dormir, e muitas vezes dormia entre os animais e até comia de sua mesma comida. Já com uso da razão, fez a Primeira Comunhão sem saber nada de Deus nem da doutrina cristã. Com nove anos de idade, durante um ano, acompanhou a filha da dona da chácara à escola, e aprendeu um pouco a ler e escrever.
Santa Maria da Conceição, com dez anos de idade, fugiu da chácara por causa dos maus-tratos, e foi para a casa do irmão de seu padrasto, mas foi rejeitada, e então voltou para a casa de sua mãe. E como o padrasto não a queria ver, sua mãe a levou para outra chácara, onde cuidava dos porcos. Um dia a dona foi a um hospital para visitar um tio seu e levou com ela a Santa Maria da Conceição. No hospital trabalhavam as freiras de São Vicente de Paul, e soube pela primeira vez que existiam freiras, sentindo grande admiração e amor por elas ao ver a caridade com que cuidavam dos enfermos. Este encontro, foi providencial em sua vida, e começou a crer que o amor e a caridade existem.
Um dia, Santa Maria da Conceição, fingiu uma doença para poder voltar ao hospital das freiras; mas foi descoberta no mesmo hospital. Não quis sair do hospital e rogou com lágrimas para poder ficar. Durante um ano ficou lá ajudando as freiras, e recebeu comida, e sobretudo doutrina cristã, que nunca esqueceu e a serviu para toda a vida. Mas, por ser menor de idade, não podia ficar com elas. Foi buscar trabalho, em um mundo cheio de perigos, abandonada, sem casa, sem teto e sem família. Um policial a levou ao juizado de menores, e ela pediu para ficar com as freiras. Por fim, foi recebida por uma religiosa de São Vicente de Paul, para cuidar de crianças abandonadas em uma pensão.
Santa Maria da Conceição nunca se casou. Já maior de idade, trabalhou como dona de casa. Nunca esqueceu o que aprendeu das freiras no hospital, e confessou e comungou frequentemente. Quis ser freira, mas foi rejeitada por ser pobre, sem estudos e por ser filha natural, com o qual Deus a livrou dos grandes perigos de viver em um convento que logo seria vítima da corrupção de Roma. Frequentando a Igreja conheceu vários lugares de Aparições da Virgem Maria. Um dia, uma jovem a falou das Aparições da Santíssima Virgem Maria em El Palmar de Troya – Sevilha, Espanha. Ela se interessou muito e quis saber mais. Por então conheceu ao que depois seria Bispo Palmariano, hoje São Sebastião Maria, quem chegou a ser seu confessor e diretor espiritual durante muitos anos durante sua estância no Rio de Janeiro, antes de vir a El Palmar de Troya. Foi ele quem a instruiu do que estava passando na Igreja Romana por causa do progressismo e modernismo.
Santa Maria da Conceição entrou oficialmente na Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e Palmariana no ano de 1984. Sempre dizia que o presente mais grande que recebeu em sua pobre vida, foi o de conhecer a Igreja verdadeira, a Católica Palmariana, com o verdadeiro Papa, então São Gregório XVII. Sofreu várias enfermidades, entre outras, diabetes e pressão alta. Nos últimos anos de sua vida, como a Capela Palmariana do Rio de Janeiro estava muito perto de onde ela vivia, sempre assistiu diariamente às Santas Missas durante as visitas que fazia o Bispo Missionário Palmariano, recebendo além disso a Santa Extrema-unção. E apesar de que era pobre, sempre colaborou com a Capela na medida de suas possibilidades.
Santa Maria da Conceição faleceu santamente, por causa de um infarto, no dia 11 de outubro de 2001 no Rio de Janeiro, Brasil, quando o Bispo Missionário Palmariano se encontrava em El Palmar de Troya com motivo da peregrinação do 12 de outubro. Foi enterrada neste mesmo dia 12 no cemitério municipal de São Francisco, em Niterói, Rio de Janeiro.
Canonizada pelo Papa São Pedro II Magno no dia 7 de abril de 2007.
Santa Maria de Lourdes Jacon
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.
Nasceu no dia 17 de abril de 1932 em Igarapava – São Paulo, Brasil. Era filha de Gustavo Jacon e de Justina Ângela Jaconace, de cujo matrimônio nasceram cinco filhos. Seus pais eram bons católicos, ele pedreiro e ela dona de casa. Poucos dias depois de seu nascimento recebeu o Santo Sacramento do Batismo, e em seu momento fez a Primeira Comunhão. Seu pai foi o que mais se preocupou em dar-lhe uma formação religiosa muito profunda e sempre iam à igreja juntos. Cursou os quatro anos de primária e logo trabalhou em distintos laboratórios.
Santa Maria de Lourdes dava aulas de catecismo em diversos templos católicos e em outros centros dedicados à catequese. Fez uma promessa de rezar o Santo Rosário diariamente. Até 1963 permaneceu na organização das Filhas de Maria, que teve que abandonar devido ao modernismo demolidor, entrando na Legião de Maria, onde não havia entrado ainda o progressismo. Nesta organização permaneceu durante quinze anos, levando a imagem da Santíssima Virgem de casa em casa, rezando e lendo mensagens marianas.
Santa Maria de Lourdes, por meio de uma amiga, recebeu as Mensagens Celestiais de El Palmar de Troya – Sevilha, Espanha, por volta de 1978. Sempre lutou com força e valentia contra o progressismo introduzido na igreja romana. Ainda não era palmariana quando começou a falar nas casas, onde ia para rezar, do verdadeiro Papa Gregório XVII e das Mensagens Palmarianas. Para sair da igreja romana apóstata, um dia ela foi a uma igreja de São Paulo e disse ao pároco que ia deixar a Legião de Maria, e ao mesmo tempo falou da verdadeira Igreja, a Católica Palmariana, e do verdadeiro Papa, então Sua Santidade Gregório XVII. Foi tanta a defesa que fez do verdadeiro Papa, que o pároco quis obrigar a Santa a ir de casa em casa dizendo que as Mensagens de El Palmar eram falsas e que Gregório XVII era um antipapa. Logicamente, ela se negou a fazê-lo, e foi expulsa da igreja romana.
Santa Maria de Lourdes entrou na Igreja Católica Palmariana no ano de 1981. Isto trouxe a ela enormes sofrimentos devido à incompreensão de seus familiares. Mas ela ofereceu tudo em reparação dos pecados do mundo. Desde então, continuou dando catecismo em São Paulo, mas agora somente às crianças palmarianas. Tinha um dom especial de oração, e rezava diariamente até três Santos Rosários Penitenciais, entre outras muitas orações. Sempre que o Bispo Missionário Palmariano estava em São Paulo, ouvia todos os dias o maior número possível de Santas Missas. Nunca faltou à Adoração Noturna, e passava toda a noite rezando sem descansar, o qual era um exemplo maravilhoso para os demais. Tinha especial devoção às Benditas Almas do Purgatório. Graças a seu apostolado e a seus bons exemplos, se converteram várias pessoas à verdadeira Igreja.
Santa Maria de Lourdes sofreu de uma enfermidade rara, a da esclerose progressiva dos nervos centrais. Devido a esta doença, começou pouco a pouco a perder os cinco sentidos e o equilíbrio em todo o corpo. Não podia caminhar sem ajuda. Caiu muitas vezes no chão com enormes dores e ofereceu tudo como Alma vítima. No entanto, nunca deixou de assistir às Santas Missas e à Adoração Noturna. Por especial providência de Deus, tinha uma vizinha palmariana que a ajudou e acompanhou sempre heroicamente em tudo até a morte.
Santa Maria de Lourdes faleceu santamente em São Paulo, Brasil, no dia 20 de agosto do ano de 2002, por causa de um infarto. Foi velada e enterrada no cemitério municipal Campo Grande, em São Paulo, com a assistência do Bispo Missionário Palmariano, quem oficiou a cerimônia religiosa do enterro.
Canonizada pelo Papa São Pedro II Magno no dia 16 de julho de 2006.
Santa Adela Pinto Coelho
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.
Nasceu em 14 de novembro de 1909 em Jequeri – Minas Gerais, Brasil. Seus pais foram José Pinto Coelho e Nicolina Lopes, bons católicos praticantes, de cujo matrimônio nasceram onze filhos, sendo ela a nona. Santa Adela, desde pequena, sofreu muito com os pulmões, pelo que só pôde fazer os estudos primários e um curso de pintura. Aos vinte anos de idade, Santa Adela foi internada em um sanatório de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, começando um longo tratamento para favorecer seus pulmões, podendo seguir uma vida melhor depois de três anos.
Ela sempre dizia que foi um milagre da Sagrada Família, Jesus, Maria e José. Começou a trabalhar como professora para crianças em diversas escolas de Belo Horizonte. Aos trinta anos, entrou na Escola de Belas Artes, onde estudou seis anos. E ao final foi nomeada para trabalhar na secretaria da Fazenda durante vinte e quatro anos. Santa Adela nunca se casou. Aos sessenta anos, uma vez aposentada, cuidou de suas irmãs enfermas até que morreram. Antes de sua conversão à Igreja Palmariana, sofreu e chorou muito ao ver que na igreja romana mudaram-se muitas coisas por causa do progressismo demolidor.
Santa Adela conheceu a Santa Igreja Palmariana e o verdadeiro Papa São Gregório XVII, por uma amiga cega, depois religiosa da Ordem dos Carmelitas da Santa Face, hoje Santa Maria Casilda da Santa Face. No ano de 1984, Santa Adela se fez fiel palmariana junto com sua irmã, hoje Santa Maria do Sol. Após a ida a El Palmar de Troya – Sevilha, Espanha, de Santa Maria Casilda como religiosa, a Capela Palmariana de Belo Horizonte ficou instalada na casa de Santa Adela, quem fazia tudo com muita diligência e muito amor. Nunca faltou nada, nem para o Culto Divino nem para o Bispo Missionário. Muitas vezes teve que enfrentar energicamente seus familiares por ter uma capela em sua casa e por atender um Sacerdote. Defendia sua Fé Católica Palmariana, com valentia, coragem e sem respeitos humanos.
Santa Adela sempre assistiu às Santas Misas, à Adoração Noturna e demais cultos. Nos últimos anos de sua vida, por providência divina, foi cuidada por outra fiel palmariana que a cuidava e acompanhava. A partir do ano de 2002, sua saúde piorou muito. Padeceu de esclerose, ficou quase surda e também tinha um câncer estomacal que a fez sofrer muito e que foi a causa de sua morte. Como consequência disso, já não podia continuar atendendo o Bispo Missionário, o qual foi para ela de profundíssima pena. Na última visita do Bispo Missionário Palmariano a Belo Horizonte, Santa Adela se confessou, comungou e recebeu a Santa Extrema-unção, a qual havia recebido antes muitas vezes. Santa Adela Pinto Coelho faleceu em Belo Horizonte – Minas Gerais, Brasil, no dia 28 de janeiro do ano de 2003, aos noventa e três anos de idade, quando o Bispo Missionário estava ausente daquela diocese. Foi enterrada no dia 29 de janeiro do mesmo ano no cemitério municipal Parque da Colina de Belo Horizonte. Canonizada pelo Papa São Pedro II Magno no dia 16 de julho de 2006.
São Pedro Coleto dos Santos
Terciário da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.
Nasceu no dia 24 de março do ano de 1921, em Santos – São Paulo, Brasil. Seus pais eram João Coleto dos Santos e Maria Gonçalves dos Santos, ambos muito fervorosos católicos. Deste matrimônio nasceram dezesseis filhos, sendo ele o décimo quarto. No colégio de Santos fez seus estudos primários, e seguidamente cursou os secundários no colégio dos Irmãos Maristas. Desde pequeno acompanhou seus pais para ouvir a Santa Missa aos Domingos e demais dias de preceito, ajudando como acólito a partir dos dez anos. No lar, todas as noites se rezava em família o Santo Rosário.
São Pedro Coleto, aos catorze anos de idade, ingressou na Congregação Mariana. Depois ingressou no Seminário Menor Metropolitano para provar sua vocação sacerdotal, do qual saiu aos dezenove anos ao não sentir vocação. No ano de 1942, São Pedro Coleto entrou como funcionário no Banco de Brasil, em Santos. No 14 de agosto de 1950, na igreja de São Antônio de Valongo, em Santos, casou com Maria Nair Ribeiro. Desta santa união nasceu a filha única. Depois adotaram uma sobrinha quando esta tinha dois anos de idade, devido à morte de sua mãe, a quem cuidaram com grande amor e carinho, dando-a a devida educação moral e religiosa.
No ano de 1971, São Pedro Coleto, aposentado de seu trabalho no Banco, para maior tranquilidade foi morar na pequena cidade de Atibaia – São Paulo. Como era um homem profundamente católico e zeloso da verdadeira doutrina, logo se deu conta das mudanças aberrantes na Igreja Romana. Diante deste progressismo demolidor, ele, com sua família, buscou sempre a Santa Tradição, indo muitas vezes a aqueles templos onde ainda se celebrava a verdadeira Missa. Nunca consentiu em comungar de pé e na mão. Por meio de um livro, soube pela primeira vez das Aparições da Santíssima Virgem Maria em El Palmar de Troya – Sevilha, Espanha, e de suas Mensagens em defesa da Santa Tradição. À luz destas Aparições, leu e estudou o Apocalipse, dando-se conta que no Sagrado Lugar de El Palmar de Troya estava a verdade. No ano de 1978, após a morte do Papa São Paulo VI, São Pedro Coleto, com sua família, entrou oficialmente na Santa Igreja Palmariana, sendo um dos primeiros palmarianos de Brasil. Desde então, lutou sempre para ser um autêntico fiel e para perseverar na Fé Católica até a morte. E no que lhe concernia a sua missão como fiel e apóstolo secular, ele encabeçou o movimento no Brasil a favor do Papa São Gregório XVII Magníssimo, e muitos palmarianos lhe seguiram. Junto com sua esposa, realizou um apostolado incansável por todo Brasil em favor de El Palmar, mediante testemunho verbal e também propagando numerosamente por escrito as Mensagens da Santíssima Virgem Maria. Em sua casa de Atibaia, o Bispo Missionário de então estabeleceu uma Capela Palmariana.
No dia 7 de maio de 1993, primeira sexta-feira do mês, São Pedro Coleto sofreu com grande dor a perda de sua querida esposa, Santa Maria Nair Ribeiro, a qual faleceu por causa de uma angina do peito fulminante, e no ano de 1994 foi canonizada pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo. São Pedro Coleto ajudou sem limites economicamente à Santa Igreja Palmariana no Brasil e animou sempre os fiéis palmarianos para perseverar na verdadeira Fé Católica e na fidelidade ao Papa São Gregório XVII. Nunca permitiu que se falasse mal da Igreja Palmariana, e menos do Santo Padre. Viajou a El Palmar de Troya quatro vezes e cantava em português com os demais fiéis brasileiros os cânticos da Santa Comunhão. Chorou muito pela apostasia, no ano 2000, de bispos, freiras e fiéis seculares da Igreja Palmariana. Tinha um grande amor à Santíssima Virgem Maria, e ao falar d’Ela sempre lhe enchiam os olhos de lágrimas. Com ele se podia falar das coisas de Deus por horas e horas. São Pedro Coleto, desde muitos anos atrás, padecia da enfermidade da diabetes, e já por sua avançada idade seu coração estava bastante fraco. Por causa de uma caída quebrou o fêmur, e por isso nos últimos anos de sua vida necessita de um andador para poder mover-se, e também era levado em cadeira de rodas. Cada dia costumava rezar vários Rosários Penitenciais. Sempre havia pedido a Deus a graça de morrer depois de ter confessado e comungado.
No dia 17 de fevereiro do ano de 2004, o Bispo Missionário, que estava cumprindo sua missão na Venezuela, voltou ao Brasil pela manhã. Pela tarde, São Pedro Coleto foi levado em cadeira de rodas à Capela Palmariana de Atibaia, onde se confessou, ouviu as Santas Missas e comungou. Este mesmo dia, 17 de fevereiro, faleceu de repente. O Bispo Missionário lhe administrou a Santa Extrema-unção sob condição. No dia seguinte foi enterrado no cemitério de Atibaia, junto com os restos mortais de sua santa esposa. Canonizado pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo no dia 11 de abril de 2004.
Santa Maria Amelia Coleto dos Santos
Terciária da Ordem dos Carmelitas da Santa Face em Companhia de Jesus e Maria.
Nasceu no dia 3 de fevereiro de 1914, na cidade de Santos – São Paulo, Brasil. Seus pais foram João Coleto dos Santos e Maria Gonçalves dos Santos. Foi batizada na igreja do Sagrado Coração de Maria de sua cidade natal. Santa Maria Amelia, após deixar o colégio, ajudou sua mãe nos serviços da casa, cuidando de seus quatro irmãos mais novos que por então estavam na idade escolar. Com estes afazeres diários, se adaptou de tal maneira aos trabalhos domésticos, que não se sentiu atraída para cursar mais estudos, principalmente porque suas condições psicológicas também não o permitiam.
Aos vinte e três anos de idade, entrou na associação de Filhas de Maria, na cidade de Santo André – São Paulo; com entusiasmo, amor e sacrifício, realizou trabalhos para a igreja. Tudo o fazia com muito gosto e amor a Deus. Como filha de Maria, participou em muitos retiros espirituais, aumentando-se assim, cada vez mais, sua religiosidade e sua Fé Católica. Desde aquela época, sempre procurou assistir diariamente à Santa Missa.
Após a morte de sua mãe, Santa Maria Amelia se dedicou a cuidar de seu pai até que ele morreu. Então passou a viver com freiras como pensionista. Quando o progressismo demolidor começou a abater a Igreja Romana, foram para ela verdadeiros anos de sofrimento, embora sempre conservasse a Santa Tradição aprendida na infância; pois seguiu usando os vestidos tradicionais, comungando na língua, etc. Apesar do confusionismo espiritual que sofria ao ver como a Igreja Romana ia se autodestruindo, do qual ela não tinha luz para conhecer a causa, procurava auxiliar os necessitados, e lhes dava bons conselhos. Em suma, apesar de su pouca cultura, procurava ser uma alma piedosa, com muito amor a Deus e ao próximo. Assim foram passando os anos, vivendo sempre conforme o espírito cristão que ela aprendeu em sua infância; pois observava o caos existente, cada vez maior, na Igreja Romana.
Santa Maria Amelia teve conhecimento da Santa Igreja Palmariana e do Papa São Gregório XVII Magníssimo, com motivo da morte de sua cunhada, hoje Santa Maria Nair Ribeiro, ao entrar novamente em contato com seu irmão São Pedro Coleto. Ela visitou o seu irmão e este a falou da Igreja Palmariana e do verdadeiro Papa que a regia, e então aceitou tudo, principalmente porque via com toda claridade a corrupção da igreja romana, a qual tinha consumado já plenamente sua apostasia. A partir de sua conversão à verdadeira Igreja, Santa Maria Amelia passou a viver com seu irmão, colaborando no extraordinário apostolado palmariano que ele realizava no Brasil. Desde então ela foi uma grande apóstola da Obra de El Palmar de Troya – Sevilha, Espanha. No dia 17 de julho de 1995, Santa Maria Amelia ingressou como religiosa na Ordem dos Carmelitas da Santa Face, em Sevilha, mas desde o primeiro dia, deu mostras de que não estava feita para viver a vida religiosa. No dia 15 de dezembro desse mesmo ano de 1995, passou a viver como fiel terciária com as monjas da Ordem e com elas esteve até a morte.
Santa Maria Amelia demonstrou ser uma alma muito pura, simples e piedosa. Na obediência às vezes se portava como uma criança travessa. Vivia muito contente e feliz com as monjas em geral, nas quais tinha muita confiança, e era muito agradecida com as que a cuidavam. Tinha muito respeito à Madre Geral. Durante o tempo em que viveu como terciária, assistiu diariamente aos cultos da Basílica Catedralícia de Nossa Mãe do Palmar Coroada. Os dois últimos meses a levavam em cadeira de rodas, porque não era capaz de ir sozinha. Padecia de uma enfermidade intestinal crônica. Poucos dias antes de morrer, estando já em cama, foram administrados diariamente os Santos Sacramentos. Santa Maria Amelia, fiel terciária, morreu santamente no dia 9 de março de 2004 no convento das monjas, no Sagrado Lugar do Lentisco em El Palmar de Troya – Sevilha. No dia seguinte, foi enterrada na cripta da Basílica Catedralícia de Nossa Mãe do Palmar Coroada. Canonizada pelo Papa São Gregório XVII Magníssimo no dia 11 de abril de 2004.
Santa Emilia Cavaglieri
Emilia Cavaglieri nasceu no dia 13 de outubro de 1925, na cidade de Bernardino de Campos, no Estado de São Paulo, Brasil. Emilia era a quinta dos filhos de Luís Cavaglieri, de origem italiana, e de sua esposa Lúcia Santilli. Ambos eram católicos e sobre tudo a mãe de Emilia era muito piedosa. Desta união matrimonial nasceram doze filhos, seis homens e seis mulheres. Quatro das filhas morreram com pouca idade. Aos poucos dias de nascer, Emilia foi batizada na mesma cidade e mais tarde confirmada. Aos onze anos fez sua Primeira Comunhão. A família tinha o costume de ir à Santa Missa todos os domingos e demais dias de preceito.
Completou seus estudos secundários em sua cidade natal. Aos treze anos entrou na organização católica das “Filhas de Maria”, e também foi catequista em sua paróquia, dando catecismo às crianças e preparando-lhes para a Primeira Comunhão. Com quinze anos, entrou no convento das Irmãs Paulinas e queria ser freira. Dois anos depois, adoeceu dos olhos. O médico disse que ia ficar cega, e por isso teve que voltar para casa. Em pouco tempo faleceu sua irmã de 22 anos, e pouco depois também morreu sua mãe. Como Emilia era a filha mais velha, teve que se encargar da casa, de um pai idoso e de seis irmãos. Trabalhava duramente desde a manhã até a noite para deixar a casa em ordem. Foi com a morte de sua mãe que na família se começou a rezar diariamente o Santo Rosário.
Já falecido seu pai, Emilia com seus irmãos se mudaram para a grande capital de São Paulo em 1942. Pouco depois se afiliou à organização católica da Pia União, e foi eleita Presidenta durante vários anos. Cantava no coro de sua paróquia e lavava as toalhas do altar e outras roupas da Igreja. Como havia tido uma formação católica e religiosa desde pouca idade, tinha um conhecimento religioso profundo. Sofria muito, lutava muito e chorava muito quando começou o modernismo e progressismo demolidor dentro da Igreja Católica.
Sempre dizia: “Deus não muda, é o homem quem muda as coisas!” Conheceu a Obra Palmariana desde os primeiros tempos por meio de uma amiga. Conheceu o hoje São Gregório XVII Magníssimo, quando ainda era vidente com olhos, em suas visitas à América do Sul. Foi naquele tempo que Emilia aprendeu a rezar o Santo Rosário Penitencial, e começou a rezá-lo todos os dias, junto com uma amiga que agora é Santa Maria de Lourdes Jacon. Esta amiga se converteu mais tarde, graças aos conselhos e exemplos de Emilia. Em 1978, Emilia entrou oficialmente na Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e Palmariana.
Nesta época Emilia começou a organizar entre os fiéis a reza do Santo Rosário Penitencial, uma vez por semana, nos lares familiares. Durante os últimos anos de vida, Santa Maria de Lourdes Jacon, que sofria muito, já não podia andar sozinha, mas pôde frequentar a Capela Palmariana de São Paulo graças a Emilia, quem então foi sua vizinha e grande colaboradora que, até heroicamente, a acompanhou em tudo. Emilia, sendo palmariana, era um exemplo em tudo, inclusive quando tinha muitos anos de idade. Nunca faltou nas Adorações Noturnas. E quando se rezavam, na madrugada das Adorações Noturnas, os três Rosários com o Santíssimo Sacramento exposto, em turnos, Emilia nunca ia descansar, nem um minuto. Nunca faltou nas Missas diárias, estando o Bispo Missionário. Rezava em sua casa dois Rosários Penitenciais por dia e outras orações. Colaborou muito na Capela Palmariana de São Paulo com esmolas segundo sua possibilidade e sobre tudo lavando roupas da Capela. Com as últimas normas da Igreja perdeu muitas amizades e familiares, que não queriam colaborar na decência de vestir. Emilia nunca teve a dita de ir à Santa Sede Palmariana, pois sucedeu que em uma ocasião, com a passagem já preparada, quebrou seu braço e teve que desistir.
Emilia tinha um irmão que se fez Palmariano já octogenário, o qual a consolou muito. Durante um tempo tinha em sua casa uma Capela com o Santíssimo Sacramento, que lhe agradou muito e fazia visitas frequentemente. Cuidou muito bem de sua Capela e sempre adornava o altar com belas flores e manteve tudo perfeitamente limpo. Era muito caritativa, e recebeu em sua casa uma família de cinco pessoas que não tinha aonde ir. Durante vários anos teve como missionário o Papa atual, Sua Santidade Pedro III, então chamado Padre Eliseu Maria, quem conheceu as muitas virtudes desta Santa. Era uma pessoa muito equilibrada e se podia falar com ela durante longas horas de temas espirituais.
A vida de Emilia era sempre de grandes sofrimentos que aceitou com cristã resignação, pois sabia que os sofrimentos têm grande valor e que um dia no Céu serão premiados maravilhosamente por nosso Criador. Sofria terrivelmente das pernas que tinha muito inchadas, mas, como era grande devota da Paixão do Senhor, soube unir seus sofrimentos com os d’Ele e de Sua Santíssima Mãe no Calvário. Seu amor à Mãe de Deus era impressionante. Quanto amor teve Emilia à Santíssima Virgem Maria! Quantos consolos e bênçãos recebeu das mãos de Nossa Senhora! Também não faltou na vida de Emilia a devoção a seu grande protetor o Glorioso São José. Houve momentos na vida de Emilia que invocava com grande fé a este glorioso Santo, porque ela sabia que São José não falha ao que confia nele. O extraordinário espírito de caridade que Emilia possuía se manifestou quando pessoas muito pobres chamaram a sua porta, e talvez a caridade mais grande que teve eram essas orações e sacrifícios que ofereceu pelas Benditas Almas do Purgatório. Emilia recebeu os outros palmarianos com grande afeto e estava sempre muito disposta a ajudar a todos em tudo. Era muito calada e prudente no falar; não criticava seu próximo e era muito modesta em tudo. Como todo ser humano, tinha certos defeitos, mas suas virtudes sobressaíam imensamente mais que os defeitos.
Foi levada ao hospital São Paulo na cidade de São Paulo depois de sofrer uma queda em casa e romper o quadril. Neste tempo já estava muito debilitada pela enfermidade grave que padecia do coração. No hospital não havia quarto livre e a colocaram no corredor, e ali ficou pelo menos um dia sofrendo terrivelmente. Enquanto esperava a intervenção dos médicos para ver se a operavam ou não, faleceu. Morreu santamente na festa principal de Nossa Mãe do Palmar Coronada, Rainha do Carmelo, em 16 de julho de 2013, e foi enterrada em um cemitério por sua família. Foi declarada Venerável Serva de Deus no dia 29 de junho de 2016, por Sua Santidade o Papa Pedro III.